Então sigam as seguintes instruções:
1- Leitura e análise.
2- Retirar do quadro as caracteristicas mais importante de cada faixa etária e montar um quadro comparativo,de forma criativa,clara e objetiva.
3-Tarefa individual para o dia 08/10/11,que deverá ser entregue e compartilhada com o grupo.
MENSAGEM DO DIA:
"Se o ambiente permitir,pode-se aprender qualquer coisa,e,se o individuo permitir,o ambiente lhe ensinará tudo o que tem para lhe ensinar."
3.5 A ESTRUTURA SENSÓRIA - MOTORA NA INFÂNCIA.
TEXTOS DE ESTIMULAÇÃO PRECOCE
3.5 A ESTRUTURA SENSÓRIA - MOTORA NA INFÂNCIA.
De acordo com a Ajuriaguerra a concepção da estruturação subjetiva e sua articulação no desenvolvimento psicomotor em cena, parece fundamental para a conceituação do sensório-motor como uma dimensão fundante da infância.
Do ponto de vista neurológico, o desenvolvimento sensório-motor adquire importância vital na avaliação da evolução maturativa da função motora. Como destacou Ajuriaguerra, a função motora delineia-se por meio de três sistemas que interagem entre si:
a. O sistema piramidal (responsável pelo desenvolvimento voluntário).
b. O sistema extra piramidal (que se ocupa da motricidade automática, fornecendo a adaptação motora básica a diversas situações).
c. O sistema do cerebelo (sistema regulador do equilíbrio e da harmonia concerne tanto aos movimentos voluntários quanto aos involuntários).
A integração dos três sistemas motores determina a atividade muscular que por sua vez, tem basicamente duas funções: a) a função cinética ou clônica, e b) a função postural ou tônica.
A primeira corresponde ao movimento propriamente dito e a segunda esta ligada aos estados de tensão e distensão fásica do músculo, que estão na origem do movimento.
Esse conjunto de sistemas e funções conforma o aparelho motor, sua preparação e execução, o que, indubitavelmente, outorga á motricidade um valor instrumental e mecânico em si.
Uma das contribuições mais significativas para a compreensão dessa integração foi fornecida por Herni Wallon, ao indicar o papel relacional e social da motricidade da criança. Para esse autor, as funções tônico-posturais transformam-se em funções de relação gestual e corporal, que orientam as bases do futuro relacional e emocional da criança numa relação dialética, biológica e social.
Piaget retoma a concepção walloniana do sensório-motor, situando-o num primeiro estágio (0 a 2 anos), essencial para o desenvolvimento da assimilação e acomodação como modo de adaptação e de aquisição da inteligência prática na criança.
O sensório motor consiste em cenas estruturastes da motricidade, da gestualidade e do corpo de um sujeito durante a primeira infância.
A partir do nascimento a criança devido a sua evolução neuromotora possui uma característica essencial em seu desenvolvimento, ou seja, que ao nascer o bebê é totalmente imaturo em nível motor. Essa imaturação se deve ao fato de as vias aferentes estar mielinizadas e, por tanto, poderem captar e receber estímulos, as vias eferentes não, estando, pois imaturas para responder em termos motores ao estímulo dado.
Esse estado de imaturação neuromotora é responsável pelo fato de o recém-nascido estar maduro tonicamente para receber estímulos e absolutamente imaturo, do ponto de vista motor, para organizar e ordenar suas respostas. Em outras palavras, o bebê esta maduro no tônus (via sensitiva) e imaturo no motor (via motora). Portanto, é necessariamente o outro que outorga um sentido possível ao sensório-motor.
A estrutura sensório-motora não é nata; implica desde o inicio a intervenção do outro como horizonte humanizador da criança. Não devemos compreender a ação psicomotora como um espelho em si ou para si, pois, para se estruturar, a criança precisa do espelho que a identifica e a confronta com esse outro (materno) e a alínea nele, a através do qual poderá se refletir e retratar numa cena em que está em jogo sua função de filho.
Tomemos como exemplo os primeiros movimentos do bebê, os chamados “ reflexos arcaicos”, todos sabemos que estes movimentos respondem a um estimulo com uma resposta idêntica, o que os transforma em movimentos anônimos, respostas reflexas automáticas ante um mesmo estimulo, o que se convencionou chamar de “ identidade resposta”.
O que o outro faz com esses movimentos? Dosa-se, outorga-lhes sentido, compreende e interpreta como se fossem gestos portadores de um dizer.
Devemos levar em conta que nos reflexos arcaicos o sensório motor está todo unido e condensado. Para o bebê não há diferença entre o sensório-motor, ele não consegue discriminar e diferenciar o estímulo sensorial da resposta motora.
Uma das diferenças fundamentais entre os reflexos e um gesto é que este último supõe uma resposta motora com sentido diante de um estímulo. Definimos o gesto justamente como um movimento dado a ver um outro.
Se o gesto do bebê é um movimento que se produz primeiramente ante a demanda do outro, isto já implica uma diferença entre o sensório (estímulo) e o motor ( resposta ).
Essa diferença e discriminação tornam-se efetiva por intermédio do campo do outro (pois o infans sozinho não pode realizá-la) e implica uma construção tanto para a criança como para o outro materno, a partir do que se enuncia à sena que descrevemos a seguir.
Quando o pequenino realiza o reflexo tõnico-cervical ou o reflexo dos quatro pontos cardeais, a mãe, valendo-se dele, olha para ele, fala com ele, acaricia-o, canta para ele, brinca com ele, ou seja, monta uma cena sustentada num contexto que supõe sempre uma produção subjetiva-não motora, nem automática e muito menos anônima. Supõe que o bebê dispõe de um saber sobre seu fazer. Esse suposto fazer é tomado como uma gestualidade efetiva.
Como vemos o prazer não esta na sensibilidade tônica reflexa em si, mas no prazer que a cena produz e que, como tal, investe o contexto da mãe e o corpo em movimento da criança.
Característica principais dos marcos do desenvolvimento motor do 0 as 3 anos e 11 meses.
Idade e meses | Marcos do desenvolvimento motor |
RN e 1 | Reflexos primitivos presentes: sucção, moro, mão-boca, marcha reflexa, apoio plantar, Tonico-cervical assimétrico, preensão palmar (gransping), preensão palmar e cutânea acompanha objetos cós os olhos na linha media; Ao nascer predomina a hipotonia da cabeça e tronco, flexão fisiológica, simétricos membros superiores abduzidos fletidos e levemente pronados (criança não consegue estender braços e pernas); Com um mês na posição ventral: pode elevar o queixo diminui um pouco o padrão flexor, pélvis elevada; Pode seguir objetos grandes a cerca de 90 graus. |
Reflexos primitivos presentes: sucção moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, cutâneo plantar extensor. Desapareceram: marcha reflexa, apoio plantar, tonico-cervical assimétrico; Inicio do rolar para a lateral, esperneia; Bebe interessa-se pelo seu corpo, olha os movimentos das mãos; Firma o pescoço ( controle cefálico), gira a cabeça para acompanhar o objeto; Acompanha com os olhos objetos que se movem e movimento do rosto do adulto; Leva a mão linha média; Preensão contato, segura involuntariamente um objeto levado a sua mão. | |
4-5 | Observa objetos mais próximos do seu rosto; Em posição dorsal a postura simétrica (brinca com chocalho, perde-o facilmente); Pode colocar um pé apoiado (faz ponte); Em posição ventar apóia antebraços e alcança objetos, flexão e extensão membros superiores, pivoteia e faz “avião” (apoiando-se no tórax); Aparece apreensão ( gransping) voluntário, preensão palmar global pega objetos com movimentos palmares imprecisos; Rola para os dois lados; Segura um objeto pequeno e tenta apanhar o outro fora do seu alcance. |
6-7 | Hipotonia fisiológica importante e reflexos profundos semelhantes ao adulto; Reflexos primitivos presentes: Preensão plantar exterior. Desapareceram: sucção, preensão palmar, mora, mão-boca; Senta com apoio, consegue inclinar-se, para pegar objeto iniciando sem apoio; Retira pano do rosto, preensão voluntária; Pés na boca explosão do corpo; inicio do arrastar; Transfere objetos de uma mão para a outra; Rola de decúbito dorsal para ventral, rola dissociando cintura escapular e pélvica; Senta só com apoio dos braços à frente. Pinça inferior, agarra objeto com a palma da mão. |
8-9 | Hipotonia fisiológica em declínio; Reflexos primitivos presentes: Preensão plantar e cutâneo plantar extensor em desaparecimento. Senta nas diversas posturas, inicia a rotação do tronco sentado; Senta sem apoio e fica na posição de engatinhar; Engatinha (arrasta-se) e pode andar com apoio; Pega objetos em cada mão e troca; Pinça superior, pega um objeto pequeno entre a base do polegar e indicador; Puxa brinquedo preso por uma linha; Dá objeto para o cuidador; Roda o tronco de pé. |
10-11 | Senta no degrau da escada para descer, brinca de semi-joelho, solta as mãos de pé. Abaixa e senta, não cai mais sentado; Anda ao redor dos móveis, anda para frente seguro por uma das mãos, fica de cócoras e levanta; Bebe sozinho no copo, Pinça superior mais fina, pega objeto entre a parte distal do polegar e do indicador; Aponta com o indicador, joga bola pões e tira objetos de recipientes grandes; Marcha em “urso”. |
12 | Reflexos primitivos presentes: preensão plantar e cutâneo-plamtar extensor em desaparecimento; Anda com apoio em uma só mão; Agacha-se para pegar objeto no chão; Mantêm-se ajoelhado; Pinça superior individualizada ( precisa), gosta de tirar objetos um a um; Gosta de por e tirar objetos em recipientes; Realiza encaixe após a demonstração de um adulto; Iniciando a marcha sem apoio. |
15 | Anda sozinho; Sobe e desce escadas engatinhando; Coordena dois movimentos mantendo o equilíbrio; Gosta de jogar, empurrar; Lança bola mais cai com facilidade; Vira paginas de livros; Segura colher, coloca-a invertida na boca. |
18 | Domina a posição em pé; Sobe escada de pé seguro pela mão do cuidador; Reflexos primitivos desapareceram; Serve-se com a colher; Chuta com o pé uma bola; Constrói uma torre com três cubos; Produz garatuja linear; Marcha mais estável com dissociação de cintura escapular e pélvica; Agacha-se para pegar a bola; Puxa carrinho e anda ao mesmo tempo; Corre com certa dificuldade. |
24 | Sobe e desce escada sem alternar os pés e com apoio; Chuta bola sob comando; Constrói uma torre com 6 cubos; Corre bem e não cai; Fica em uma perna só; Salta sobre os dois pés e dança; Sobe na cadeira para alcançar; Rabisca; Tenta lavar-se sozinho; Come sozinho. |
36 | Sobe e desce escadas com os dois pés no mesmo degrau sem apoio; Constrói torres de Copia um traço vertical e faz prova dedo-nariz de olhos abertos. Tira e coloca roupas e sapatos; Faz encaixe com todos os elementos do tabuleiro; Pula em um degrau; Anda em triciclo; Esta com as habilidades motoras (ira somente aperfeiçoar os movimentos com o decorrer da idade). |
A tabela que segue abaixo, possui as principais características dos marcos do comportamento e do desenvolvimento da linguagem do 0 as 3 anos e 11 meses.
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Idade em meses | Desenvolvimento da linguagem | Comportamento e desenvolvimento da sócio-emocional |
RN e 1 | Apresentam choro como reação biológica a dor e fome; As vocalizações são esporádicas, reflexas; Reage ao barulho da campainha, diminuindo a atividade; Para de chorar com a voz materna. | Olha para o rosto das pessoas que o observam; começa a reação de sucção antecipada no momento da mamada; situação de dependência para sobrevivência; Predisposição inata para o contato social; |
O choro torna-se diferenciado; As vocalizações e risos parecem estar relacionados à sensação de bem estar; As vocalizações apresentam variações quanto a altura e duração; Apresenta tensão ao som, procura fonte sonora. | Reage a fala humana, sorri socialmente, olha vocaliza; Excita-se ao reconhecer o seio materno ou mamadeira; Chora quando o adulto se afasta. | |
4-5 | Surgem auto-balbucio, o bebe parece brincar com os sons que emite, sendo que esses ainda não estão voltados à comunicação; Balbucio é indiferenciado: sons tanto na inspiração, como ns expiração; Repetição da mesma silaba (papapa/mamama). | Quando é chamado sorri espontaneamente para as pessoas; Segura um chocalho com uma mãe e observa ( porem deixa cair com facilidade); Brinca com as mãos, batendo com elas sobre objetos ou na água do banho (e observa). |
6-7 | Imita certos sons feitos por outras pessoas; O balbucio é diferenciado: repetição continua de diferentes silabas sem significado (/padada, /dadamama/); Manifesta seus desejos olhando, apontando para os objetos, porem sem dirigir seu comportamento vocal ou motor ao outro. | Participam inteiramente da interação com seus cuidados por meio do riso, expressão fácil, movimentação corporal, vocalizações; Atende pelo nome, demonstra estranheza diante de desconhecidos; Frente ao espelho contempla sua imagem, sorri para ela e acaricia a imagem refletida. |
8-9 | Surgem os comportamentos comunicativos intencionais: dirigi-se ao outro por meio de gestos e vocalizações para obter um objeto ou uma ação deste; Repete sons emitidos pelos outros; Palavra de silabas repetidas com significado (primeira palavra) palavras-frases (“da”, papa”). | Atende a imperativos rotineiros acompanhados de gestos (“da tchau”,”não!”, “atira beijo”); Descobre objeto que observa ser escondido ao seu alcance; Intencionalmente (repete ações de que gosta); Gira objetos examinando os diversos lados e detalhes. |
10-11 | Participa da atividade dialógica por meio de jargão (encadeamento de vogais e consoantes variadas com entonação da língua materna); Pode apresentar idiossincrasias (seqüências fonéticas consistentes com significado especifico como: [dólidóli] para dormir); Pode repetir palavras ditas para os outros, contudo a repetição não tem o mesmo padrão fonológico como; [mi mi]-m para ‘”vai dormir” | Bate palmas; Acena dando “tchau”; Interesses por passeios e ocorrências do lar. |
12 | Comunica-se com outro para expressar suas necessidades, chamar atenção, informar perguntar. Apresenta uma linguagem funcional mesmo sem ou limitada estrutura lingüística; Emite palavras isoladas ou frases produzidas em blocos como: [abevetói] como de “cabou o sorvete”; Produz anomatopéias, indiossicracias, palavras contextuais [cabo] para - “acabou a comida”. | Localiza a fonte sonora para baixo e indireto para cima. Procura o objeto que cai ou rola de suas mãos; Usa palavras corretamente; Coloca e retira objetos com controle visual dos resultados da ação/localização final do objeto; Repete ações que provoquem riso para obter atenção do adulto; Olha para o que deseja e depois para o adulto (aponta). |
18 | Produção de orações com 2 ou 3 vocabulos ( [mai][letói]) para – da mais leite compreende ordens rotineiras e situacionais com duas ações. (Aponta para o que quer, é capaz de dizer em torno de 10 palavras e constrói frases de 2 palavras 9 “da papa”). | Pequenas ações pré-simbolicas aparecem; interessa-se pelo modelo de adulto; Inicia ações mais logo volta para a exploração sensória motoras; Imitem novos modelos; Compreende e segue ordens simples; Coopera quando a vestem; emparelha objetos com a figura do mesmo objeto; Aponta para a figura nomeada. |
24 | Ao final do segundo ano acontece a chamada explosão do vocabulário; No inicio é capaz de dizer em torno de cinqüenta palavras aumentando rapidamente seu vocabulário para mais de 200; Constrói frases de 3 palavras ou mais palavras; Uso de pronomes ( ex.você, eu minha, esse), mas sem usar corretamente o gênero nos mesmos; Com 2,6 anos desaparecem algumas simplificações como; sapato; fala e entende alguns advérbios de lugar ( ali,aqui ,dentro, lá); Compreende e responde verbalmente a perguntas com pronomes quem, o que faz uso das funções comunicativas para pedir, informar, perguntar e interagir. | Nomeia-se a si mesmo pelo pré-nome; Da continuidade a brincadeiras imaginarias; Observa, imita, segue indicações verbais; Fala durante as brincadeiras referindo-se a acontecimentos imediatos; Reconhece/nomeia objetos/animais em gravuras; Encaixa objetos pequeno/ formas simples; Nomeia quatro objetos comuns em figuras; Copia um circulo; Desenha uma linha vertical ou horizontal imitando um adulto; Aponta para “pequeno” e “grande” quando requisitado; Desenha + imitando um adulto; Empilha 5 ou mais argolas em uma vara na ordem correta. |
36 | Localização da fonte sonora direta para trás, pode apresentar dislalias por supressão; Nomeia figuras descrevendo ações; uso de períodos simples e compostos com 6 palavras,[eu não vô come por que é ruim]; faz uso de tempos verbais; aos 3,6 anos desaparecem a simplificação de liquida não lateral do/R/,como[ opa]-roupa,[kalo]-carro,[kaooyo]-cachorro. Vocabulário com mais de 300 palavras; Compreende duas ordens não relacionadas; Funções comunicativas: pede, protesta,nomeia faz pergunta sobre referentes ausentes, usa expressões sociais para interagir, função informativa predomina; Relata experiências imediatas (que ocorrem no momento). | Reconhece objetos grandes/barra pequenos; Combina objetos por cores; Combinam figura de objetos, animais; Domina conceitos como em cima/ em baixo/dentro; Amplia o conhecimento das partes do corpo; Mantém atenção em uma historia (conta um fato acontecido na historia); Obedece a uma seqüência de ordens verbais; Constrói torres de Dedo-nariz de olhos abertos; Da continuidade ou cria situações simbólicas ( aplicação das ações em outros). Come sozinha; Coloca sapatos sozinha; Desabotoa botões acessíveis; Participa melhor das brincadeiras em grupo; Aponta para 10 partes do corpo quando requisitadas; Nomeia 3 cores quando requisitada; Conta até 10 imitando um adulto; |