EXATTUS EDUCAÇÃO ESPECIAL





CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL







NO PATRIMÔNIO ÉTICO-CULTURAL DA HUMANIDADE INTEIRA HÁ UM COMPORTAMENTO QUE NÃO PODE FALTAR: A CONSCIÊNCIA DE QUE OS SERES HUMANOS SÃO TODOS IGUAIS NA DIGNIDADE, MERECEM O MESMO RESPEITO E SÃO SUJEITOS DOS MESMOS DEVERES. João Paulo II





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quarta-feira, 1 de junho de 2011

DISCIPLINA DE CONTEXTUALIZAÇÃO - Prof. Liliane

 PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO
Um referencial inicial de comparação entre os padrões de Educação adotados, conforme analisa Oliveira (1999), estão delimitados entre o Antigo e o Novo.

O ANTIGO

Na concepção tradicional de Educação, a aluno vem até a escola com a cabeça essencialmente vazia e cabe à escola nela colocar um conjunto de conhecimentos e habilidades intelectuais, testando periodicamente a aquisição desses conhecimentos por meio de provas e exames. As habilidades intelectuais mais valorizadas são a lingüística (capacidade de ler, compreender e escrever textos e a lógico-matemática (capacidade de processar informação quantitativa), porque são essas as necessárias para se obter emprego na indústria e no comércio, para onde a maior parte dos alunos é destinada na Era Industrial. Embora dificilmente reconhecida como tal, segundo o antigo paradigma, a idéia orientadora é “moldar” os alunos para o mundo fabril que os espera, usando técnicas produtivas similares à linha de montagem: salas de aula isoladas umas das outras e limitadas em recursos; mesas e cadeiras depositadas em fileiras; o professor desempenhando a função de dono e entregador principal do conhecimento; a apresentação de informação limitada ao livro-texto e do quadro-negro. Neste cenário, o papel ativo é exercido pelo professor, o aluno é um elemento passivo, um mero receptor dos pacotes de informação preparados pelo sistema educacional. Memorização de informação é a pedra fundamental neste paradigma; respostas corretas às perguntas dos exames, isto é, conformidade a um determinado modelo do mundo, é o esperado de cada aluno. Há poucas oportunidades para simulação de eventos naturais ou imaginários, tanto para aumentar a compreensão de conceitos complexos quanto para estimular a imaginação. O currículo educacional é visto segundo uma filosofia de separação: o conhecimento humano é dividido em classificações estanques, sem a mais remota possibilidade de haver possíveis inter-relacionamentos entre elas. E, finalmente, o aluno que consegue terminar este tipo de estudo é considerado “formado”, pronto para o mercado de trabalho e sem necessidade de estudos posteriores.

O NOVO

 O antigo paradigma educacional tornou-se incapaz de lidar com as constantes mudanças ocorridas na sociedade nos últimos vinte ou trinta anos: o aumento do volume de informações de todos os tipos disponíveis para o cidadão comum, e em especial para profissionais que têm como parte do seu trabalho diário a tarefa de tomar decisões; o aumento da complexidade em todos os setores da vida profissional e pessoal; a dificuldade em lidar com sistemas com maior ou menor grau de integração e a necessidade de fazer relacionamentos novos entre campos de conhecimento antes isolados; o estabelecimento de novos padrões de comportamento social, caracterizados por valores alternativos, com a promoção da individualidade e conseqüente aceitação democrática de preferências individuais; a migração, por parte de uma camada cada vez maior de trabalhadores e profissionais, de empregos regulares para trabalhos realizados em casa, ou através de contratos de curta duração como free lancer; o crescimento da necessidade de reciclagem constante de trabalhadores e profissionais devido à quantidade de nova informação disponível em novos formatos e com novas formas de acesso; e o aumento de internacionalização dos conhecimentos necessários para tomar decisões, passa ser mais produtivo e mais competitivo no mercado de trabalho.
Em conseqüência, o novo paradigma educacional, hoje em desenvolvimento, sugere q     eu a escola tem de ser, antes de tudo, um ambiente “inteligente”, especialmente criado para a aprendizagem, um lugar rico em recursos por ser um local privilegiado; um lugar onde os alunos podem construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais de aprendizagem que caracterizam cada um; onde em vez de filas de mesas e cadeiras ou carteiras, há mesas para trabalhos em grupo, sofás e poltronas confortáveis para leituras, computadores para a realização de tarefas acadêmicas e para comunicações digitais locais, nacionais e internacionais; com uma linha telefônica em cada sala para permitir a interconexão com outras escolas por computador e videofones e que, além de oferecer atividades pedagogicamente inovadoras, permita a comunicação por voz entre o professor e os pais dos alunos; onde a avaliação é feita constante e serenamente na carreira do aluno, e a ênfase é colocada não na memorização de fatos ou na repetição de respostas “corretas”, mas na capacidade de o aluno pensar e se expressar claramente, solucionar problemas e tomar decisões adequadamente; com um currículo que reconheça o valor de outras formas de inteligência, além da lingüística e da lógico-matemática, currículo este que ofereça uma visão holística do conhecimento humano e do universo natural que o homem habita; com o uso cada vez menor do livro-texto e do quadro-negro e o aumento do uso das novas tecnologias de comunicação, caracterizadas pela interatividade, pela sua capacidade de uso individualizado, pela capacidade de simular eventos do mundo natural e do imaginário de forma a levar o aluno a perceber fenômenos que antes não faziam parte do ensino formal por falta de apoio tecnológico que permitisse alcançar tais metas; com a mudança do papel do professor que, ao passar às tecnologias  de informação a responsabilidade de “entregar” o conhecimento ao aluno, libera-se para ser mais um guia, um conselheiro, um parceiro na procura de informação e da verdade, aumentando a participação ativa do aluno; a motivação para aprendizagem surge no aluno, de dentro para fora, em vez de ser algo externo, como, por exemplo, algo que vem dos pais ou do professor; e, finalmente, há o reconhecimento de que a aprendizagem permanente daqui em diante será uma tarefa constante na vida profissional e pessoal de todos, e que cabe já à escola capacitar o aluno para aprender qualquer assunto que lhe interessa.

OBS: Para os alunos que não realizaram o paralelo entre os dois paradigmas (antigo e novo), discutido em aula, deverão fazer para entregar na aula presencial. 

 

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