EXATTUS EDUCAÇÃO ESPECIAL





CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL







NO PATRIMÔNIO ÉTICO-CULTURAL DA HUMANIDADE INTEIRA HÁ UM COMPORTAMENTO QUE NÃO PODE FALTAR: A CONSCIÊNCIA DE QUE OS SERES HUMANOS SÃO TODOS IGUAIS NA DIGNIDADE, MERECEM O MESMO RESPEITO E SÃO SUJEITOS DOS MESMOS DEVERES. João Paulo II





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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DISCIPLINA DE PSICOMOTRICIDADE - Prof. Ana Reck


Queridos Alunos:
  1. O texto abaixo é referente a aula do dia 22/10, preciso que realmente leiam o texto com atenção, anotem as dúvidas para discussão na próxima aula.
  2. Pesquisar atividades práticas que trabalhem as seguintes áreas: esquema corporal, motricidade e percepção (prestem atenção que cada item tem subdivisões).
  3. As atividades devem ser entregues por escrito.
  4. As atividades podem ser realizadas em duplas.

PSICOMOTRICIDADE
Aspectos ligados à construção do esquema corporal
De acordo com Quirós, motricidade é a faculdade de realizar movimentos e psicomotricidade, a educação de movimentos ou através de movimentos que procura melhor utilização das capacidades psíquicas.ç desta forma, psicomotricidade, como ciência de educação, procura educar, ao mesmo tempo que desenvolve as funções de inteligência. É fundamental que, no processo educativo, se lance mão de conhecimentos de psicomotricidade, para que tanto a criança da p´re-escola, como a das séries iniciais, obtenham, segundo Chazaud:
·         O domínio do equilíbrio e do tônus da postura;
·         O controle e a eficácia das diversas coordenações globais e segmentares;
·         A consciência do próprio corpo, a organização do esquema corporal;
·         Uma estruturação espaço temporal correta, uma boa orientação e lateralização.
A psicomotricidade vai permitir que se estabeleça a noção de vazio ou ocupado. São os gestos do corpo que vão levar o individuo a consciência de seus limites e possibilidades. A coordenação psicomotora é uma qualidade diretamente ligada à expressão do corpo, porque todo movimento tem uma conotação psicológica de sensações. Nos movimentos, serão expressos sentimentos de prazer, frustração, como dimensão de um estado emocional, assim uma memória afetiva desde os gestos iniciais da criança. É através da atividade psicomotora, principalmente nos jogos e atividades que a criança ira explorar o mundo que a cerca, diferenciando aspectos espaciais, reelaborando seu espaço psíquico, suas ligações afetivas e domínio de seu corpo.
O corpo como meio de ação e reação
Esquema corporal é a consiencia do próprio corpo, de suas partes de seus movimentos corporais, das psoturas e das atitudes. Não simplismente uma recepção, uma representação mental do nosso corpo, mas uma representação de vários gestalts todas em continua modificação. Formam o esquema corporal, além da noção do próprio corpo, as integrações de noções de relação com o exterior em suas duas expressões de espaço e tempo, e a conexão com outras pessoas, através do contato corporal da evolução do gesto e da linguagem.
Esquema coporal é, assim, comunicação consigo mesmo e com o meio. Não se trata apenas da comunicação verbal, comumente conhecida, mas de uma conexão ampla.uma boa formação do esquema corporal pressupõe boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, bem como da afetividade.
Partindo do corpo e do que esta ao seu redor, a criança estabelece a organização do espaço e a conquista do meio. Os autores que tratam da matéria utilizam a expressão esquema corporal para designar o conhecimento que se tem do próprio corpo e não apenas da relação com o espaço circundando e com os objetos próprios.
A noção do esquema corporal envolve três aspectos:
Imagem corporal – que é experiência subjetiva do próprio corpo. Essa imagem deriva de sensações proprioceptivas, tônus emocional, experiências com outras pessoas, meta de vida e convenções sociais. Significa, por exemplo,  impressão positiva ou negativa, de ser atrativo, de ser alto ou baixo, de ser ágil ou lento.
Conceito corporal – é o conhecimento do próprio corpo e se forma mais tarde que a imagem corporal. Decorre da aprendizagem consciente em relação ao próprio corpo e significa por exemplo, saber que possui duas pernas, cabelo na cabeça, ter conhecimento sobre as funções das diferentes partes do corpo.
            Esquema corporal – é o fruto de experiências táteis quer dizer; sensações que nascem desde o corpo, regulação de posição das diferentes partes corporais em momento determinado, regulação do equilíbrio, coordenação de movimentos. Uma criança com desenvolvimento motor satisfatório conhecerá bem seu corpo e através dele chegara ao domínio do espaço e adequação no tempo. Sua orientação será precisa, se as informações exteroceptivas forem concretas. A atividade da criança exprime sempre através da postura, das atitudes e dos comportamentos. Assim a evolução afetiva harmoniosa, os contatos bem sucedidos, a aceitação integral da criança pelo meio, também operam basicamente na formação de um esquema corporal adequado. A criança que tiver esta integração completa terá muito mais possibilidades de ser bem sucedida, tanto do ponto de vista da aprendizagem escolar, como afetiva e socialmente.
COMO SE DÁ A EVOLUÇÃO CORPORAL
No inicio da vida, a boca é o centro das atividades do recém nascido, através dela e recebe as impressões de umidade, de calor, de frio e de sequidão. Depois, em movimento a criança começa a fixar as formas, seguindo-as com os olhos. Após algumas semanas experimenta diferentes pressões nas partes de si como elementos intermediários dentro e fora. Aproximadamente aos três meses, a criança percebe as mãos. Em torno dos seis meses, o bebe descobre os pés, começando a incorporá-los conforme aconteceu com as mãos. Ao completar seu primeiro ano de vida, toma conhecimento da existência do pólo anal e de suas peculiaridades, fixando sua atenção nesta zona. A integração da noção de tronco faz ao redor dos 24meses, durante a marcha ainda indecisa, a criança cai, levanta, da encontrões, enfim sente seu corpo contra as paredes, as portas, o chão, os moveis e as pessoas que a cercam. A configuração total do individuo dá se após o terceiro dá se após  o terceiro ano de vida, isso significa que a criança tem consciência anal, dos pés, das mãos com um todo continuo. Esta fase é muito interessante. A criança descobre sua imagem total no espelho mirando-se fisicamente a todo o instante como se começasse a existir inteira nessa ocasião.
A elaboração do esquema corporal não se completa porem ao três nãos, embora a criança já descubra a sua imagem no espelho. Segundo P. Vayer, a elaboração do esquema corporal prossegue até 11 ou 12 anos.
Para a criança, assim como no inicio lhe foram significativas a boca e as mãos, entre 2 ou 3 anos são importantes os órgãos de eliminação.
Entre 3 e 4 anos  descobre a diferença de sexo tanto do ponto de vista intelectual como corporalmente.
Aos cinco anos completa-se um primeiro esquema corporal total, e isso pode ser verificado no desenho da figura humana que já possui os detalhes fundamentais mesmo que incorretos ou desproporcionais.
A organização dos atos motores, e de sua ação em geral, possui uma base estabelecida em parte do conhecimento  do esquema corporal . Um ato motor organizado exige a formação de uma imagem motora. Esta é constituída pela interiorização do modelo do ato já realizado. Os esquemas motores só podem a partir do esquema corporal e apoiando-se nele. A criança de 6 anos que não tiver adquirido uma noção de seu esquema corporal será desajeitada ou incoordenada. Esta incoordenação é somente uma manifestação do problema. Se estiver muito prejudicada afetivamente, terá seu esquema corporal prejudicado. A afetividade esta ligada a psicomotricidade pelo fato de inibir atitudes ou mesmo bloquear ou distorcer a evolução do esquema corporal.
O professor em classe de educação pré-escolar ou nas séries iniciais do ensino fundamental, deverá trabalhar as seguintes áreas: esuqema coporal, motricidade e percepção.
                               ESQUEMA CORPORAL
Consciência do próprio corpo, de suas partes, com movimentos corporais, das posturas e das atitudes.
·         CONHECIMENTO DO CORPO
Habilidade de evocar e localizar as partes do corpo. Exemplo: localizar o ombro do coleguinha.
·         PROPRIOCEPTIVIDADE
Capacidade de receber estímulos provenientes dos músculos, tendões que possibilitem o melhor conhecimento do corpo. Exemplo: sensações de fome, de frio, mandar a criança inspirar profundamente, depois expirar dizendo o que sentiu.
·         LATERALIDADE
Predominância do uso de todos os órgãos pares. Pode ser direita ou esquerda. (deve ser observado o pé, a mão e o olho).
Exemplo:
Mão dominante; pedir que a criança pegue um objeto qualquer. Observar a mão que ela usa.
Pé dominante; solicitar que a criança chute um abola. Observar qual a lateralidade do pé usado.
Olho dominante; solicitar que a criança espie um monóculo. Observar o olho dominante.
·         ORGANIZAÇÃO E EXPRESSÃO
Interiorização das sensações relativas as partes do corpo e sua exteriorização, através da linguagem, desenho, mímica, etc.
Exemplo: montar um boneco de palito e botões. Imitar uma expressão de alegria.
                                MOTRICIDADE AMPLA
Realização de grandes movimentos com todo o corpo, envolvendo as grandes massas musculares.
·         COORDENAÇÃO DINÂMICA GERAL
Movimentos que envolvem todo o corpo ao mesmo tempo. Harmonia nos deslocamentos.
Exemplo; marchar, batendo palmas, correr, saltar. Etc.
·         EQUILIBRIO
Manutenção do corpo em uma mesma posição durante um tempo determinado. Pode ser estático ou dinâmico.
Exemplo: brinquedo estátua. Marcha nos calcanhares, permanência em pé, sentar, deitado.
·         FREIO INIBITÓRIO
 Supressão de movimentos no tempo e no espaço preciso. Inicialmente em movimentos simples. E só depois da folha de papel. Limites na marcha, na corrida, no ritmo.
Exemplo: dança da cadeira, correr e ao ouvir um sinal parar.
·         RELAXAÇÃO
Diminuição da tensão muscular que leva a criança a sentir-se mais a vontade com seu corpo.
Exemplo: relaxar, após ficar com o corpo duro como se fosse um boneco de pano.
                                    MOTRICIDADE FINA
Capacidade para realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos.
·         LINGUAL
Refere-se ao desenvolvimento dos músculos da língua. É importante para a emissão de uma pronuncia correta.
Exemplo dobrar a língua para cima, para baixo, encostar-se aos dentes, imitar o barulhinho da abelha, do trem, do vento, etc.


·         LABIAL
Esta relacionada com os movimentos dos músculos dos lábios. É importante para uma linguagem oral correta.
Exemplos: fazer bochechas, fazer bico com os lábios, etc.
·         OCULAR
Diz respeito à movimentação dos olhos. É importante na leitura devido a progressão esquerda, direita.
Exemplos: seguir com o olhar uma bolinha enfiada num fio sem mexer a cabeça.
·         MANUAL DIGITAL
Relacionar-se com a movimentação ordenada das mãos e dos dedos. Exemplo: movimentação dos dedos, toques das pontas dos dedos, recorte, desenhos, colagem ,pintura, picado, dobradura, modelagem e bordado.
·         PEDAL
Movimentos específicos dos pés. Exemplo: chutar a bola usando mais os pés.
                              PERCEPÇÃO SENSORIAL
Aquisição de conhecimentos por meio de impressões sensoriais do mundo exterior e do próprio corpo. É fenômeno de captar, distinguir, associar, e interpretar as sensações.
·         VISUAL
Trata-se da percepção de objetos, pessoas, formas, cores,  tamanhos e espessura
Exemplo: dizer a cor ou a forma de alguns objetos apresentados.
·         AUDITIVA
Distinção através do ouvido de sons, ruídos, ritmo e tonalidades.
Exemplo: identificar a voz de uma coleguinha, ou algo que emita som, mantendo os olhos vendados.
·         OLFATIVA
Identificação através do olfato, de diferentes perfumes, odores e cheiros característicos.
Exemplo: identificar o cheiro de bergamota com os olhos fechados.
·         GUSTATIVA
Verificação pelo gosto, de diferentes sabores; doce, salgado etc. exemplo: de olhos fechados identificar o nome da fruta que esta provando.
·         TERMOTÁTIL
Interpretação das sensações táteis ou térmicas relacionadas com formas , tamanhos, textura, peso, temperatura. Exemplo: de olhos fechados, dizer o nome do objeto que esta apalpando.
                              PERCEPÇÃO ESPACIAL
É a percepção relacionada a tudo aquilo que nos cerca.

·         POSIÇÃO ESPACIAL
Distinção do local, no espaço, de algo em relação a um observador. A percepção deficiente neste aspecto ocasiona troca na identificação do P e do Q, B e D.
Exemplo: imitar posturas apresentadas pela professora e por gravuras.

·         RELAÇÃO ESPACIAL
Habilidade de observar a posição d e um objeto ou de uma pessoa em relação a outra pessoa ou objeto. É o que permite a criança reconhecer as seqüência das letras nas palavras e estas na frase.
 Exemplo: ficar de frente para a professora e de frente para os colçegas.
·         ADEQUAÇÃO ESPACIAL
Capacidade de perceber se um objeto se adapta dentro de determinado espaço proposto.
Exemplo: caminhar entre labirintos formados por classes, sem bater os lados. Vestir um casaco ou uma roupa e concluir se estes servem ou não.
·         DIREÇÃO
Deslocamento de objetos ou de pessoas em um determinado espaço, em função de um determinado ponto de referencia.
Exemplo : rolar um bola para a frente, para a direita, para a esquerda, para trás.
·         CONSTÂNCIA DE PERCEPÇÃO
Condição de percepção que permite compreender que um objeto possui propriedades invariáveis. Problemas neste aspectos provocam dificuldades em reconhecer sinais gráficos, quando apresentados de maneira diferentes.
 Mostrar um circulo para a criança, pedindo para ela apontar, na sala de aula outros objetos com a mesma forma.


                           PERCEPÇÃO TEMPORAL
Compreensão das demissões do tempo em relação a acontecimentos do passado,presente e futuro.

·         NOÇÕES BASICAS
Agora, ontem, hoje, amanha, antes, depois, noite, dia, novo, velho, etc.
·         SEQUÊNCIAS DE AÇÕES
Habilidade de organizar os fatos de acordo com o momento em que estes forem acontecendo.
Exemplo: jogar uma b ola para cima e bater palmas, quando a bola tocar no chão.
·         VELOCIDADE
Esta relacionada com movimentos lentos ou acelerados.
Exemplo: rolar duas bolas ao mesmo tempo, uma bem de vagar e a outra bem rápido. Perguntar qual das duas chegará primeiro.
·         DURAÇÃO
Espaço de tempo gasto para realizar determinada ação.
Exemplo: fazer o barulhinho da abelha, enquanto a professora estiver fazendo um risco no quadro.
·         RITIMO
Diz respeito à movimentação própria de cada um, ritmo lento, moderado, acelerado.
Exemplo: bater palmas no ritmo da musica ou repetir as batidas dadas pela professora.
                               ANÁLISE E SÍNTESE
Compreensão de que um todo pode se decompor em partes (análise) e ser procedida a recomposição das partes para formar o todo (síntese).
·         SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Habilidade de comparar, estabelecendo pontos comuns e diferentes que podem ser quanto a; cor, forma, tamanho, espessura, posição etc.
Exemplo: olhar bem duas gravuras e descobrir quatro diferenças entre elas.
·         COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO
Capacidade de reconstituir ou de separar um todo.
Exemplo: armar ou desarmar um quebra-cabeça. Completar algum detalhe que esteja faltando no desenho.
·         REPRODUÇÃO
Capacidade de copiar, de imitar um todo estabelecido.
Exemplo: copiar o desenho de uma bola ou de uma flor; levando em conta todos os detalhes que as mesmas apresentam.
                      FIGURA DE FUNDO
Capacidade de destacar, de um conjunto, a figura, que é o foco da atenção, e o fundo, que funciona como segundo plano.


·         AUDITIVA
Habilidade de discriminar, através da audição, um som entre vários.
Exemplo: entre duas batidas dadas pela professora, a criança, com os olhos vendados, deve ser capaz de dizer qual foi o som que ouviu primeiro.
·         TÁTIL
Habilidade de discriminar, através do tato um objeto, uma textura, espessura, peso ou temperatura, entre vários.
Exemplo: de olhos fechados, a criança deve retirar de um saquinho com vários objetos, apenas aqueles que a professora solicitou.
·         VISUAL
            Habilidade de discriminar, através da visão, um objeto em destaque.
            Exemplo: em uma gravura destacar o objeto maior ou mais colorido, o que está em destaque.



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